MENTAL

GERAÇÃO NEM NEM

A geração "Nem-Nem" (jovens que nem estudam nem trabalham) enfrenta desafios complexos que perpetuam a exclusão social e econômica.

04.06.2025 - Redação Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder - Por Edson A. Souza

redeglobaldecomunicacao.net.br

1. Desemprego e falta de oportunidades

Causas:

  • Baixa qualificação profissional: Muitos jovens não possuem formação técnica ou experiência exigida pelo mercado.

  • Crise econômica: Em países com alto desemprego, os jovens são os primeiros a serem excluídos.

  • Precarização do trabalho: Vagas informais ou subempregos não atraem essa geração, que busca melhores condições.

Consequências:

  • Aumento da desmotivação e dependência familiar.

  • Migração para trabalhos ilegais ou informais sem direitos trabalhistas.

    No Brasil (2023):

    • 18,5% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam desempregados (IBGE/PNAD Contínua).

    • Entre os "Nem-Nems", 67% sequer procuraram emprego no último mês (FGV Social).

  • Global (OCDE, 2023):

    • 14,5% dos jovens de 15 a 29 anos em países emergentes são "Nem-Nems".

2. Evasão escolar

Causas:

  • Dificuldades financeiras: Famílias pobres priorizam trabalho imediato em vez de estudos.

  • Falta de engajamento: Métodos de ensino ultrapassados não atraem os jovens.

  • Gravidez na adolescência: Principal causa de abandono escolar entre mulheres.

    Consequências:

  • Redução de chances de emprego qualificado.

  • Ciclo intergeracional de pobreza (filhos de "Nem-Nems" tendem a repetir o mesmo caminho).

    Brasil (2022 – PNAD Educação):

    • 11% dos jovens de 15 a 17 anos estavam fora da escola.

    • Entre os "Nem-Nems", 48% não completaram o Ensino Médio.

    Causa Principal (UNICEF 2021):

    • 28% das meninas que abandonam a escola citam gravidez precoce como motivo.

3. Vulnerabilidade social

Causas:

  • Ociosidade e exclusão: Sem perspectivas, jovens são recrutados por atividades ilícitas.

  • Falta de políticas públicas: Poucas opções de lazer, cultura e capacitação em periferias.

  • Consequências:

  • Aumento da criminalidade e violência urbana.

  • Exposição a drogas e prisões.

  • Relação com Criminalidade (IPEA, 2023):

    • Jovens que não estudam nem trabalham têm 3x mais chances de serem vítimas ou autores de violência.

    Dependência Química (Fiocruz, 2022):

    • 25% dos "Nem-Nems" relatam uso frequente de álcool ou drogas.

4. Dependência financeira

Causas:

  • Desemprego estrutural: Falta de empregos formais que sustentem independência.

  • Custos de vida altos: Mesmo empregos informais não cobrem despesas básicas.

Consequências:

  • Sobrecarga nas famílias, que sustentam adultos jovens.

  • Risco de endividamento e marginalização.

  • Perfil no Brasil (IBGE, 2023):

    • 76% dos "Nem-Nems" vivem em domicílios com renda per capita inferior a ½ salário mínimo.

    • 62% dependem totalmente da família para sustento.

5. Problemas de saúde mental

Causas:

  • Frustração e invisibilidade: Sentimento de inutilidade por não contribuir socialmente.

  • Pressão social: Comparação com colegas que estudam/trabalham gera ansiedade.

Consequências:

  • Depressão, automutilação e até suicídio.

  • Dificuldade de reinserção no mercado ou escola devido à baixa autoestima.

6. Falta de qualificação profissional

Causas:

  • Educação pública deficiente: Escolas não preparam para o mercado.

  • Acesso limitado a cursos técnicos: Custo e localização são barreiras.

Consequências:

  • Trabalhos mal remunerados e informais.

  • Dificuldade de competir por vagas melhores.

    Dados do SENAI (2023):

    • Apenas 12% dos "Nem-Nems" possuem curso técnico ou profissionalizante.

  • Consequência (Banco Mundial, 2022):

    • Jovens sem qualificação ganham, em média, 48% menos ao longo da vida.

7. Exclusão digital

Causas:

  • Pobreza e infraestrutura: Falta de computador/internet em comunidades carentes.

  • Analfabetismo digital: Não saber usar ferramentas básicas (planilhas, redes profissionais)

  • Consequências:

  • Barreira para empregos modernos (home office, TI, marketing digital).

  • Ampliação da desigualdade social.

    Brasil (TIC Domicílios, 2023):

    • 33% dos "Nem-Nems" não têm acesso à internet em casa.

    • Apenas 19% usam a internet para capacitação (cursos online, buscas de emprego).

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Neurorights (Direitos Neurais):

A Urgência de Legislação contra a Exploração de Dados Cerebrais por Corporações

Os neurorights, ou direitos neurais, emergem como uma resposta crítica aos avanços da neurotecnologia, que permitem a coleta, análise e manipulação de dados cerebrais. Este artigo examina a exploração corporativa desses dados, analisando seus mecanismos, impactos e a insuficiência das legislações vigentes. A exploração do cérebro humano representa uma fronteira ética inédita, onde a privacidade mental, a autonomia e a dignidade estão em risco.

Como a Exploração Ocorre: Tecnologias e Fluxo de Dados

A neurotecnologia moderna opera por meio de dispositivos que interagem diretamente com a atividade neural:

  • Equipamentos de Leitura:

    • Eletroencefalograma (EEG) portátil: Usado em wearables (ex: headsets de realidade virtual) para monitorar ondas cerebrais.

    • Interfaces Cérebro-Computador (BCIs): Implantáveis (ex: Neuralink) ou não invasivos, captam sinais para controle de dispositivos ou comunicação.

    • Neuroimagem avançada: Ressonância magnética funcional (fMRI) aprimorada por IA para decodificar intenções e emoções.

    Equipamentos de Escrita:

    • Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS): Modula a excitabilidade neuronal para "melhorar" desempenho cognitivo.

    • Estimulação Magnética Transcraniana (TMS): Altera frequências cerebrais para tratar depressão ou, potencialmente, influenciar comportamentos.

Destino dos Dados:
As corporações armazenam dados em servidores privados, frequentemente integrando-os a algoritmos de IA para extrair padrões comportamentais. Esses dados são monetizados via publicidade hiperpersonalizada, vendas a terceiros (seguradoras, empregadores) ou desenvolvimentos de produtos que dependem de respostas neurais pré-configuradas (ex: jogos que se adaptam ao estado emocional do usuário).

Interações e Alteração de Frequências Cerebrais

A neurotecnologia bidirecional (leitura e escrita) permite não só capturar, mas também modificar a atividade cerebral:

  • Manipulação de Frequências: Dispositivos como BCIs podem estimular regiões específicas do cérebro para induzir calma (ondas alfa), foco (beta) ou até vício (liberação de dopamina direcionada).

  • Exemplo Prático: Plataformas de streaming poderiam usar EEG para detectar tédio e ajustar conteúdo em tempo real, criando ciclos de dependência neurológica.

Consequências da Exploração Neural

  • Perda de Autonomia Mental: A capacidade de influenciar decisões via estímulos cerebrais ameaça o livre arbítrio. Um caso hipotético: empregadores que usam BCIs para aumentar produtividade, suprimindo emoções "indesejadas".

  • Discriminação Neural: Seguradoras poderiam negar cobertura com base em padrões cerebrais que indicam predisposição a doenças.

  • Vigília Massiva: Governos ou corporações monitorando pensamentos "subversivos", como já alertado pelo neurocientista Rafael Yuste, pioneiro na defesa dos neurorights.

  • Impactos Psicológicos: Ansiedade e alienação decorrentes da hiperestimulação ou da consciência de vigilância cerebral constante.

Legislação e Críticas

Avanços Jurídicos:

  • Chile: Primeiro país a incluir neurorights na constituição (2021), proibindo a comercialização de dados cerebrais e garantindo consentimento informado.

  • UE: O GDPR trata dados neurais como "categoria especial", mas sem diretrizes específicas para neurotecnologia.

Críticas às Leis Existentes:

  • Reatividade: A legislação corre atrás da inovação. Startups como Neuralink operam em vácuos regulatórios.

  • Falta de Especificidade: Leis de privacidade tradicionais não contemplam a complexidade dos dados neurais, que revelam identidade biológica única.

  • Assimetria de Poder: Corporações como Meta e Google têm recursos para lobby, moldando leis que privilegiam interesses comerciais sobre direitos humanos.

Conclusão Analítica: Um Futuro sob Risco

A exploração de dados cerebrais corporifica o temor de uma colonização da mente, onde o último reduto de privacidade humana é comercializado. A neurotecnologia, embora promissora para medicina, é cooptada por modelos de negócios baseados em vigilância e manipulação. A ausência de uma governança global permite que países com legislações frágeis se tornem paraísos para experimentos éticos duvidosos.