Alphabet lança Taara - Internet a laser

O Taara, desenvolvido pela Alphabet (empresa-mãe do Google) por meio de seu laboratório de inovação X (antigo Google X), é um projeto de tecnologia de comunicação óptica sem fio que visa fornecer internet de alta velocidade em áreas remotas ou de difícil acesso. A tecnologia usa feixes de luz para transmitir dados, substituindo ou complementando cabos de fibra óptica e redes tradicionais.

29.03.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder

Visão Geral do Taara

  • Tecnologia: Baseia-se em comunicação óptica de espaço livre (FSOC - Free Space Optical Communication), que transmite dados por meio de feixes de luz infravermelha entre dois pontos fixos (como torres ou postes).

  • Objetivo: Levar internet rápida e acessível a regiões sem infraestrutura de fibra óptica, como áreas rurais, florestas ou locais com terreno acidentado.

  • Testes e Parcerias: Já foi testado em países como Índia, Quênia e México, em colaboração com empresas como a Econet (África) e provedores locais.

    Os feixes de luz do Taara podem afetar o DNA humano?

    Resposta curta: Não, pois a tecnologia usa luz infravermelha não ionizante, que não tem energia suficiente para danificar o DNA.
    Detalhes:

    • Tipo de radiação: O Taara usa luz infravermelha (comprimento de onda entre 780 nm e 1 mm), que está no espectro não ionizante.

    • Radiação ionizante vs. não ionizante:

      • Ionizante (ex: raios-X, UV extremo): Tem energia suficiente para remover elétrons de átomos, quebrando ligações químicas e danificando DNA.

      • Não ionizante (ex: infravermelho, rádio, Wi-Fi): Não possui energia para ionizar moléculas ou afetar diretamente o DNA.

    • Segurança: A luz infravermelha é amplamente usada em dispositivos cotidianos (controles remotos, sensores) e é considerada segura pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e agências reguladoras, desde que respeitados os limites de exposição.

Relação com processos optogenéticos no corpo humano

Contexto: A optogenética é uma técnica experimental que usa luz visível (geralmente azul ou verde) para controlar neurônios geneticamente modificados para expressar proteínas sensíveis à luz (como a canalrodopsina).

  • Por que não há risco com o Taara:

    1. Comprimento de onda diferente: A optogenética usa luz visível (400-700 nm), enquanto o Taara usa infravermelho (acima de 780 nm).

    2. Especificidade biológica: A optogenética requer modificação genética para criar células sensíveis à luz, algo que não ocorre naturalmente em humanos.

    3. Intensidade da luz: O Taara opera com potência muito baixa para afetar células humanas, mesmo que hipoteticamente fossem sensíveis à luz infravermelha.

Alta Velocidade e Capacidade

  • Transmite dados a até 20 Gbps (equivalente a fibra óptica), permitindo streaming, videoconferências e acesso a serviços em nuvem.

  • Ideal para "última milha" de conexão em locais onde instalar cabos é inviável.

  1. Custo Reduzido

    • Evita custos elevados de escavação para cabos subterrâneos ou instalação de infraestrutura complexa.

    • Pode ser implantado em dias, contra meses necessários para projetos de fibra óptica.

  2. Flexibilidade e Escalabilidade

    • Os dispositivos são modulares e podem ser realinhados conforme a necessidade, adaptando-se a mudanças no ambiente.

    • Complementa outras tecnologias, como redes 5G e satélites de internet (ex: Project Loon, descontinuado em 2021).

  3. Menor Impacto Ambiental

    • Reduz a necessidade de escavações e danos ao solo, preservando ecossistemas em áreas sensíveis.

  4. Resistência a Interferências

    • Não sofre interferência de sinais de rádio, comum em redes Wi-Fi ou celulares.

Interação com processos quânticos ou "frequencionais" do corpo

Essa parte envolve conceitos mais teóricos e especulativos, mas vamos abordá-los com base na ciência atual:

a) Processos quânticos no corpo humano

Alguns processos biológicos têm componentes quânticos estudados, como:

  • Fotossíntese (em plantas): Uso de coerência quântica para eficiência energética.

  • Magnetorrecepção (em algumas espécies): Uso de pares de radicais livres para detectar campos magnéticos.

  • Visão: Conversão de fótons em sinais elétricos na retina.

Por que o Taara não interfere:

  • Energia dos fótons: A luz infravermelha do Taara tem energia muito menor que a necessária para influenciar processos quânticos delicados, como os citados.

  • Especificidade: Processos quânticos biológicos são altamente localizados e dependem de moléculas específicas (ex: clorofila, rodopsina), que não interagem com infravermelho.

b) Processos "frequencionais" (ressonância frequencial)

Algumas teorias alternativas sugerem que o corpo humano responde a frequências específicas (ex: terapias de bioressonância), mas não há consenso científico sobre isso.

  • Frequências do Taara: A comunicação óptica do Taara opera em frequências de terahertz (THz), muito acima das frequências biológicas conhecidas (ex: ondas cerebrais estão na faixa de 0,5 a 100 Hz).

  • Ausência de interação: Não há evidências de que frequências de THz interfiram em processos fisiológicos humanos.

Dependência de Linha de Visada

  • Os feixes de luz exigem alinhamento preciso entre os dispositivos. Obstáculos como árvores, neblina ou edifícios podem interromper o sinal.

  1. Sensibilidade a Condições Climáticas

    • Chuva intensa, neblina ou poluição do ar podem reduzir a eficiência da transmissão, exigindo redundância (backup com rádio ou satélite).

  2. Alcance Limitado

    • Funciona melhor em distâncias curtas a médias (até 20 km em condições ideais), sendo menos eficaz para conexões intercontinentais.

  1. Infraestrutura de Suporte Necessária

    • Requer torres ou postes estáveis para instalação dos dispositivos, o que pode ser desafiador em regiões sem energia elétrica.

  2. Segurança e Regulamentação

    • Como o feixe de luz é direcional, há risco de interceptação física, embora menor que em redes de rádio.

    • Necessidade de aprovação regulatória em cada país para uso do espectro de luz.

Riscos potenciais (embora improváveis)

Embora o Taara seja seguro, é válido considerar cenários hipotéticos:

  1. Exposição prolongada a alta intensidade:

    • Em teoria, luz infravermelha muito intensa pode causar aquecimento térmico localizado (como um laser médico), mas o Taara usa potência baixa e feixes direcionais, sem foco em seres humanos.

  2. Efeitos psicológicos:

    • A presença de luz infravermelha é invisível ao olho humano, mas alguns podem se preocupar com a exposição a "tecnologia invisível", gerando ansiedade infundada.